terça-feira, 13 de julho de 2010

A Poética das Mídias Sonoras

Desde a era dourada do rádio até as mídias sonoras digitais, mais recentes, vislumbramos um longo itinerário em que as estratégias da criação artística têm se empenhado em difundir imagens acústicas assegurando o vigor das comunidades virtuais. Na espessura do acontecimento diurno nos religamos a uma tribo fenomenal de indivíduos reunidos a partir das notícias radiofônicas; e na dimensão noturna do acontecimento, sonhamos ligados nas ondas irradiadas pelas mídias musicais. É assim que funcionam as relações dos homens e mulheres com os efeitos da comunicação sonora. A radiofonia opera como motor gerador de informação, conhecimento, vinculação social, lazer e entretenimento; promove imagens invisíveis, fantásticas, que nos faz transcender à rotina imanente das ações cotidianas. Ontem, eram os rádios portáteis nos campos de futebol, os rádios de pilha na dimensão caseira e a doce ilusão das radionovelas, os reclames publicitários fazendo parte dos jargões e gírias dos jovens e corações veteranos, e o alvoroço dos programas de auditório siderando as platéias pré-televisivas.

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