sexta-feira, 22 de julho de 2011
O @no de Mercúrio
A invasão dos hackers no século 21 estilhaça as formas do poder convencional. E dependendo da sua perspectiva ideológica, política e sensorial, eles podem ser vistos como “piratas”, outsiders, foras-da-lei ou como “cibermilitantes” atuando na defesa do software livre e do direito à informação. Os sistemas blindados de poder têm sido sistematicamente desmontados a partir das inteligências coletivas conectadas e de um empoderamento tecno-social sem precedentes. Na educação, nos negócios, nas artes e na política etc, os agenciamentos tribalistas do século 21 estão virando do avesso a rotina da vida vivida. Hoje, nos tempos das telas e redes totais – de longe e perto – contemplamos e interagimos com os ativistas da chamada “Primavera Árabe”, e simultaneamente, através das tecnologias de monitoramento e visibilidade podemos perceber e influir nas tramas do Congresso Nacional midiatizado. Enquanto isso, pelos “vasos comunicantes” da vida cotidiana, quebramos o tédio das telenovelas e telejornais e aquecemos a solidão dos dias de chuva por meio de uma “comunicação sem-fim” (sem interesses financeiros, políticos ou sexuais). Hoje, sem grandes palavras de ordem gozamos – na rede - os instantes de felicidade transitória por meio do compartilhamento de fotos, vídeos, músicas, frases e gestos afetivos. Olhos e ouvidos bem abertos:, sob o signo de Hermes-Trismegistus, no ano de Mercúrio, podemos realizar projetos voltados para a Comunicação, Mercado e Sociedade, sem abrir mão da ética e da inteligência sensorial cognitiva. Fiat Lux!
http://alchemicaldiagrams.blogspot.com/2010/12/hermes-trismegistus.html
quarta-feira, 23 de março de 2011
I Ciclo de Debates em Comunicação e Jornalismo Contemporâneos - UEPB
Foi uma experiência bem sucedida, o I Ciclo de Debates em Comunicação e Jornalismo Contemporâneos, ocorrido em 14/03/2011, DECOM/UEPB, evento organizado pelo Grupo de Pesquisa Comunicação, Cultura e Desenvolvimento do DECOM e pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UEPB. Tendo à frente Fernando Firmino, docente de Comunicação da UEPB, doutorando em Comunicação pela UFBA e orientando do convidado André Lemos, e
Na parte da manhã, na abertura do encontro, o Prof. André Lemos, UFBa, o grande especialista na área da Cibercultura fez a conferência intitulada "Comunicação, Cibercultura e Teoria Ator-Rede". Lemos é autor de 13 livros acerca do tema, e após a apresentação do professor André Lemos ocorreu uma sessão de lançamento e de autógrafos de três livros do conferencista: “Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea” (André Lemos, Sulina, 2010, 5ed.), “O futuro da Internet” (André Lemos e Pierre Lévy, Paulus, 2010), “Comunicação e mobilidade: aspectos socioculturais das tecnologias móveis de comunicação no Brasil” (André Lemos e Fábio Josgrilberg, EDUFBA, 2009).
Veja no endereço abaixo os vídeos da conferência do professor André Lemos gravados em HD:
http://jornalismouepbdebates.wordpress.com/2011/03/15/decomuepb-realiza-o-primeiro-ciclo-de-debates-sobre-comunicacao-e-jornalismo-contemporaneos/
Na parte da tarde, das 14 às 17h, foram realizadas, simultaneamente, quatro oficinas voltadas para estudantes e profissionais de jornalismo, arte e mídia, publicidade e propaganda e áreas afins: “Jornalismo Digital e infografia”, “A fotografia digital como registro do cotidiano”, “Computação gráfica 3D para mídias e entretenimento” e “Videografia básica para novas mídias”.
E à noite foi lançado o novo projeto do Departamento de Comunicação Social, o portal “Repórter Universitário”, que visa acolher a produção multimídia de alunos e professores e servir como ambiente de divulgação de eventos, seleções de professores, trabalhos de extensão e o noticiário referente ao jornalismo.
Às 19h30, ocorreu a segunda sessão de lançamento de livros com os seguintes títulos: “Metamorfoses Jornalísticas II: a reconfiguração da forma” (Demétrio de Azeredo Soster e Fernando Firmino da Silva), “Dionísio na idade mídia: estética e sociedade na ficção televisiva seriada” (Cláudio Paiva), “Afrodite no Ciberespaço: a era das convergências” (Claudio Paiva, Marina Magalhães e Allysson Viana Martins), “Produção e colaboração no jornalismo digital” (Carla Schwingel e Carlos Zanotti).
Às 20h, começaram as apresentações e debates na mesa-redonda “Jornalismo em Redes Digitais” com discussões sobre: Mediação da Participação do Público: o caso Eu q Fiz (Ricardo Oliveira, coordenador de mídias digitais da Rede Paraíba de Comunicação), As mídias abertas da América Latina e do mundo (Claudio Cardoso Paiva, professor da UFPB), Tecnologias móveis e jornalismo (Fernando Firmino da Silva, docente da UEPB), TV digital, construção do real e mediadores públicos (Águeda Miranda Cabral, professora da UEPB) e A contribuição do Jornalismo Científico nas Redes Digitais (Patrícia Rios, professora da UEPB e da Facisa).
"A terceira apresentação foi do professor da UFPB Cláudio Paiva e da jornalista e mestranda da UFPB, Marina Magalhães que comentaram seus livros lançados recentemente côo o e-book Afrodite no Ciberespaço e na sequência entrou no tema “As mídias abertas da América Latina e do mundo” em que explicou sobre a latinidade, uma mediação conceitual importante que distingue o pragmatismo norte-americano do racionalismo europeu e dos fundamentalismos, ou seja, ela traduz um modo de ser e estar diante dos paradoxos da modernização. Para Cláudio, “a relação da América Latina com os sociais passam pelo viés da estética”, afirmou. E sobre as mídias abertas ele disse que são mais abertas do que a Indústria Cultural, uma vez que promovem a democratização da comunicação, empoderamento e cidadania digital, o que o fez sugerir como deveria ser o tema da palestra: “As mídias abertas e as mediações da América Latina”. No vídeo instalado abaixo, pode-se conferir a abertura da fala sobre as Mídias Abertas da América Latina:
http://www.youtube.com/watch?v=XH4mdcvt210
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
O Ano do Coelho começou Brown!
O ano do Coelho começou Brown!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
AFRODITE NO CIBERESPAÇO. A ERA DAS CONVERGÊNCIAS
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Ética-estética do Hip Hop: Interfaces da Educação, Comunicação & Sociedade
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Arte-Kitsch-Net
Arte-Kitsch-Net
As imagens fotográficas, desde a infância da sociedade industrial, têm desempenhado um papel importante na organização da vida mental e afetiva de milhões de pessoas. Elas sempre tiveram o papel de eternizar, simbolizando a ausência dos mortos e de tudo aquilo que não existe mais. Isso já foi estudado por Walter Benjamin (Pequena história da fotografia), Vilem Flusser (Filosofia da Caixa Preta) e Regis Debray (Vida e Morte da Imagem), textos básicos para se entender o poder simbólico das imagens fotográficas, sonorizadas, em animação e 3D. Desde ontem, a alegria da modernidade emanava das fotos solenes adornando os álbuns de família, fotos mitológicas dos cartazes de cinema, capas de revistas, rótulos dos objetos de consumo e calendários fixados nas paredes. Mas existe – evidentemente – uma gradação, no que se refere à qualidade do trabalho fotográfico, como produtos de consumo na cultura de massa, conforme aponta Umberto Eco, nos estudos do Kitsch (como arte de banheiro / "l'art du bonheur" / “arte da felicidade”). Os velhos biscuis, os antigos pinguins como os atuais broches magnéticos pregados na geladeira fazem parte das modestas manifestações estéticas cotidianas, para além do gosto dos apocalípticos e integrados. Entre nós fico pensando nos trabalhos de Gustavo Moura, Ricardo Peixoto, João Lobo e Lilia Tandaya, além de vários outros artistas-profissionais sensíveis concedendo luzes poéticas na ambiência estética da Paraíba. Atualmente, quase todos os dias, recebemos, através dos correios eletrônicos, as mensagens fotográficas musicadas, os pps, “pacotes por segundo”, que podem causar um breve deleite ou muita irritação. Podem animar o cotidiano da vida digital ou provocar danos irreparáveis no computador, quando acompanhadas de vírus informático. Positivamente, aprecio os pps como mensagens de motivação e auto-estima; mas podem também ser vetores de significação piegas, cafona, melodramática. Fico pensando no que diriam a respeito os professores-especialistas em fotografia Saint-Clair, Bertrand Lira, Derval Golzio sobre essa nova “arte-imaginal”, que tem causado controvérsias no debate público. Numa palavra, eu diria que os pps são espécies de viralidades inteligentes que, dependendo da educação estética e das estratégias poéticas dos remetentes, assim como, da paciência e curiosidade dos e-leitores-cidadãos-internautas, podem animar o cotidiano da nossa comunicação numérica. Como as expressões minimalistas dos vídeos postados no YouTube e da “Morphing Arte” (arte da metamorfose), em que assistimos à desmontagem e remontagem digitais das celebridades e figurinhas carimbadas na sociedade do espetáculo. E o mais interessante é que voce pode fazer tudo isso em casa (sem sair do conforto doméstico), basta baixar um simples programa no seu velho amigo-computador e exercer a sua “Coragem de Criar”. Fiat Lux!